Já me senti muito sozinha, embora estivesse sempre rodeada
de pessoas.
Já senti o frio correr na espinha por olhar pro lado e não
ver ninguém, quando o que eu mais queria
era ter alguém perto.
De tantas porradas que levei aprendi a lidar com a ausência.
Ultimamente tenho estado triste. Literalmente triste.
Percebo essa tristeza até nas fotos que tiro, no sorriso que não é mais o
mesmo...
È um conviver sem
viver, é um estar sem estar, é um não sei o que...
É o choro preso na garganta, que dói...
É o coração exprimido, oprimido pelo vazio que se
instalou...
É o ter que viver sem nenhuma emoção...
É a vontade de quebrar barreiras, de chegar junto, gritar,
sacudir e fazer -se ouvir...
É o cansaço, o desânimo, o desastre de não conseguir...
É um dia depois do outro...
Sem razão de existir...
Um amor tão louco...
Que por ser tão louco não é amor...
É poeira que se foi no vento
Pra longe
Mas deixou impregnado no ar
O cheiro do inexistente
Que não cabe em mim
Nem em você
Nem em ninguém
Nesse momento sinto o sangue correr nas veias
Ouço as batidas do coração
No meio do silêncio gritante
Aterrorizante
Sandra Amorim
Esta poesia foi escrita em 26/06/2013 e está registrada no recanto das letras.